domingo, 27 de julho de 2008

Noite especial: Erasure e Yazoo

Desperto hoje, depois de uma bela não dormida noite no Hotel Cambridge onde é realizado o Projeto Autobahn destinado a resgatar a cultura pop dos anos 80.
O Globo girava (sim, isso ainda existe) e as pessoas iam chegando, se aglomerando, se unindo. Toca o pout pourri mais fantástico e contagiante que já ouvi. Ele dá início a discotecagem de Marcos Vicente, o Dj residente da casa e, a partir daí, a nostalgia oitentista toma conta do mais eclético ser humano. É impossível nunca ter dançado ao som de músicas como Enjoy the Silence, Tainted Love, Sometimes...

Mas um dilema me envolve hoje: a dificuldade de relacionamento entre casais de idade comum...

Dois casais se relacionavam e entre eles não existe a diferença da idade. Os homens que beiram a casa dos 30 anos dançam sem parar. As mulheres, já calejadas pela vida, não acompanham o ritmo dos respectivos maridos e acabam por sair da pista logo que toca Blue Monday, já que não conseguem nem conter a felicidade nem o exagero na expressão dos companheiros.

Apesar de parecerem felizes, não entendo porque a desconfiança presente no casal faz a esposa sair de casa só para acompanhar o marido em algo que ela não gosta! Parece que a mulher envelheceu e o marido ainda está na ativa!

O fato é que quando você casa, você assina um acordo de cooperação mútua onde concorda em acompanhar (...) ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE (...) um ao outro e isso te coloca na posição de escravo da rotina, preso a cumprir seções de tortura com responsabilidades compartilhadas.

Já eu, em face des meus 19 anos, vou até as 5h, tranquilamente;
E para minha surpresa, os "tiozinhos" de 40 também!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Complementando anterior...

Outro exemplo claro do medo próprio é o aumento no número de condomínios fechados.

As pessoas se dizem moradoras de condomínios devido a falta de segurança urbana. Que o Brasil é além de sub, é inseguro, isso é fato e consequência da desigualdade social, mas se é pra virar enjaulado, vai morar na CDHU... rsrsrs

Ultimamente foram inaugurados dois complexos para os endinheirados que une trabalho-moradia-lazer. Um não tão recente assim, em torno do Parque Villa- Lobos que agora também conta com o Shopping Villa-Lobos; e outro inaugurado em 05/2008 no Morumbi, esse em torno do Parque Cidade Jardim e que conta com o Shopping Cidade Jardim também recentimente inaugurado.

Os "Endinheirados" alegam que além da segurança, buscam o relacionamento entre pessoas da mesma classe social. Mas isso aumentará mesmo as relações interpessoais já que de tão metidos (em sua maioria, claro, toda regra com suas excessões) não se dão ao trabalho de depender de amizades...

Resumo da ópera: se já não bastasse viver em jaula em busca da segurança, fazendo com isso que tenham que desembolsar milhões (literalmente) eles vão acabar com a miscigenação de classes.

Bem, para quem sonhava encontrar um marido rico, suas esperanças acabaram (pelo menos em torno do Morumbi e Villa-Lobos... rsrsrs
Gasolinas, busquem outro território.
Uma dica: tenta o Tatuapé, que apesar de mais pobre, ainda conta com alguns homens apostáveis... e com um pouco menos de condomínios... rsrs

domingo, 20 de julho de 2008

Medo Errôneo

A revista Sesc trás este mês uma reportagem interessante intitulada Medos Urbanos, sobre pessoas que tem paranóias com coisas que deveriam se tornar habituais como, por exemplo, andar nas ruas da Cidade depois das 23:00h ou com um relógio de marca conhecida ser roubado.

O que me admira é essas pessoas que chegam a procurar ajuda em muitos consultórios psiquiátricos em busca de um diagnóstico para o medo, mas que não admitem que o medo vem de dentro.

Depois de toda a loucura da globalização e de a cada dia as pessoas manterem relações mais virtuais e menos pessoais, hoje o maior medo do homem é o de entrega e de descobrimento. Não existe mais aquela magia da paquera ou do olho a olho, por exemplo.

Temem o passado aterrorizante de amores antigos, a chegada de um amor novo, um desamor, o abandono. Temem tudo que está semi-superado e que a qualquer momento pode vir a tona.

Cada um com seu fantasma interior, algo como um amigo imaginário: só aparece para si próprio!
Enquanto não assumirem o medo particular, não encontraram o diagnóstico do descrito Medo Urbano.

sábado, 19 de julho de 2008

Pós-seções

Algum tempo depois, um tanto quanto ausente, um tanto quanto cansada.

Depois da semana cheia do Festival de Cinema Latino Americano - julgo também exaustiva pelo fato de ficar sentado na poltrona na mesma posição e sem a oportunidade de calar as bocas nervosas dos frequentadores que, apesar de estarem em uma sala de cinema, não paravam de falar - pode-se ver o mundo sob expectativas diferentes, de anos a anos como muda a visão do homem, suas posturas, costumes, pretenções...

Obrigada fotografada: uma forma simples e frívola de mostrar um novo ponto de vista!









Uma visão mais severa ou mais "out"?
Sempre sem mudança de ideais.

domingo, 13 de julho de 2008

Nem tão cordato assim...


Entre os muitos anos que distanciam as obras de Rachel de Queiroz e Rogério Skylab, um ponto de vista em comum: o prazer de observação das aves. Ou seria mais correto dizer: a atração por seus movimentos rotineiros...

Uma das coisas que nos diferencia dos animais é nossa capacidade de raciocínio, mas quem disse que os animais não são pensantes?

Ceará, 1971:

(...) o rouxinol daqui que, segundo penso, é a garrincha daí vem logo depois dos canários; tem uma cantiguinha afinada, mas leve, assim como quem trabalha assobiando. Esse rouxinol uma vez me quebrou um espelho com ciúme do sósia que lhe aparecia no vidro. Bicava o cristal com tanta furia que ensangüentava o bico. Botei um pano por cima do espelho e aí o rouxinol vinha devagarinho, enfiava a cabeça por baixo do pano, espiava - e lá estava o desgraçado de olho arregalado para ele! O rouxinolzinho avançava para o espelho com uma fúria matadora; e de tanto bater deslocou o prego e o espelho foi se arrebentar no chão. E ele, do parapeito da janela, olhava os cacos de vidro, vingado (...)

(...) Ah, são muitos passarinhos. E sempre tem um cantando, as mais das vezes nem se identifica qual é (...)

Skylab II, 2000:

Beija-flor de flor em flor
Beija-flor tu és o rei
Beija-flor te quero bem
Beija-flor se tu soubesse
Beija-flor ah!
Se eu pudesse Beijaria a flor também
Beija-flor tu vais levando
Numa nuvem cor de rosa
Grãos de pólen para quem
Beija-flor tu és tão lindo
Mas chegou a tua hora
Não beijarás mais ninguém

domingo, 6 de julho de 2008

Programações

Como se já não bastassem os dias do Festival de Cinema Latino-Americano que acontece essa semana, entre 7 e 13 de julho que, definitivamente deixam qualquer um afim de largar tudo e não sair da poltrona do Memorial da América Latina e dos outros cenários do festival (vide: http://www.obscenum.blogspot.com/ - Rogério de Moraes), todos os shows e apresentações que me arrancariam suspiros e elogios acontecem durante a mesma semana.

Agenda definitivamente lotada!!!

Dentre eles:
- Cachorro Grande no Centro Cultural São Paulo;
- Especial 80's no Lady Hell Bar / r. Bela Cintra;
- Também especial 80's no Tribe House;
- Show dos novatos (ou talvez nem tão novatos assim, diga-se intermédiarios) The Krusty's.

E na contra-partida, 3 dias de folga. Corrido!

Só me resta o Excêntrico Wander Wilder com o lançamento do Albúm La Cancion Inesperada que se apresenta no próximo fim-de-semana no CB Bar, dia 18/07...

Ao menos um espetáculo fora da Grande Maratona, porém tão menos Imperdível!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Orgulho dilacerado...

Durante muito tempo a gente acha que está correndo tudo bem.

Do nada tudo muda, parece que o mundo desaba, de quem você precisa contar e que acha que te dará apoio, você percebe que essa(s) pessoa, ausente agora, está tão disperso de você!

De repente, o mais amigo, passa a ser o mais distante...
E aquela outra pessoa que você imagina te acompanhar de longe, definitivamente não lhe dá mais a mínima.

Essa semana ele conseguiu me arrancar o último suspiro, a última esperança!
Esse objeto estranho apareceu e tudo mudou... as atitudes, os gestos, até a atmosfera!

Já não sei mesmo como agir. Meu ânimo acabou. Não estou de TPM!

Vou sair e me balar, tentar esquecer, mas sei que na manhã seguinte terei um porre de realidade e tudo vai cair em cima de forma brusca, pior que antes, mas não me restando outra alternativa...

Quem me ver esse fim de semana, por favor, não me reconheça!

Nada pior que esse pingo de realidade para acabar de amargar a vida...

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