quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Anita von der Goltz Vianna inspirou-me a escrever bobeiras da juventude

Virou a esquina e se deu conta de que quem procura, acha!
Ele a traia e aparentava já fazer um bom tempo.
Chorou bastante, soluçou até, mas parou de súbito e partiu.
Assim também fez o coração: partiu-se.
Tentou distrair-se na rua, pelas lojas e nada a inspirava às compras.
Foi para casa, tentou cochilar e não ver o tempo passar. Não conseguiu.
Já depois de algum tempo sem sono teve uma idéia.

Na hora da chegada do ex-amor estava pronta. Arrumou-se, pintou-se e colocou aquela roupa que mais lhe chamava a atenção.
Esperou o momento de sua chegada tão assídua como nunca.
Ouviu a porta bater. Emfim era ele.
Sentia forte as palpitações.
Foi até a porta e recebeu-o com abraços e beijos calorosos. Conduziu-o até o local previamente preparado.
Serviram-se saboreando cada instante daquele momento único.
Levantou e colocou aquela música de que o casal tanto gostava e deu início a um jogo de sedução por ele jamais visto.
Foram para o quarto e amaram-se como nunca.
Eram brevemente felizes.

O dia amanhecia e ela ainda não esboçava nenhuma reação ao que viu no dia anterior, talvez ainda não estivesse realmente decepcionada com ele, talvez sentisse culpa por essa mudança do marido.
Preparou o café do marido, ajudou-o a se vestir e a sair para o trabalho.
Nada afora da rotina do casal.

Ao retornar do trabalho encontrou uma carta de despedida, um quarto vazio e o lençol onde pela única vez se amaram de verdade como lembrança de um relacionamento de anos, porém infeliz.

Pensou procurá-la, desistiu em seguida: já não a amava o suficiente para isso.

Um comentário:

Rogério de Moraes disse...

E espero que continue escrevendo... espero mesmo...

Postagens populares

Pesquise no Passagens